A partir desse sábado, 2 de maio, quando estreia a série “Pesadelos e Paisagens” nas madrugadas da emissora, o SBT lança oficialmente a temporada de estreias em sua programação. Os realities Astros e Supernanny ganham novas temporadas, estréiam as séries da Warner, Um Toque de Vida e O Exterminador do Futuro e as da Disney Cory na Casa Branca e Kyle XY, além das temporadas inéditas de As Visões de Raven e Ugly Betty. Contudo, os destaques da nova programação ficam para os programas que o SBT aposta que irá recuperar o perfil popular da emissora: Show da Gente, com Netinho de Paula; o novo Casos de Família, com Christina Rocha e a volta do Programa do Ratinho.
Ratinho é um dos maiores destaques desta nova grade.
O apresentador estreou no SBT em 1998, cercado de expectativa. Ele apareceu para o Brasil em 1996 na CNT/Gazeta e, em 1 ano, já estava na Record liderando a audiência em pleno horário nobre. Em 1998, numa negociação milionária, Ratinho, já considerado um fenômeno popular, é contratado a peso de ouro pelo SBT, para assumir as noites da emissora, que até então sofria sucessivas derrotas contra o seu Ratinho Livre, na Record. Como prova de sua popularidade, sua coletiva para a imprensa, transmitida ao vivo pelo SBT, deu 7 de média. O perfil de justiceiro, aquele que defendia os direitos do povo, que não tinha medo de ninguém, levou Ratinho a ser um temor para a Globo. À época, Borjalo, um dos influentes na direção da Rede Globo, pensava em pedir o lançamento de um 4º horário de novelas para conter Ratinho e sua força popular ao extremo.
Ratinho estreou no SBT e conquistou seu público. Por diversas vezes alcançou a liderança na audiência, com um programa que agradava vários tipos de público, desde crianças encantadas com Xaropinho e Tunico, passando pelos jovens que adoravam as bizarrices das matérias dos repórteres popularescos e até adultos que se divertiam com as brigas por causa do DNA. No SBT, Ratinho encontrou um faceta até então pouco explorada na Record: a de apresentador de variedades, voltada para o humor. Houve, então, a junção do Ratinho da Record (polêmicas, jornal policial, cassetete na mão), com o Ratinho criado no SBT (com humor, quadros populares e musicais).
Seu Programa do Ratinho caminhou com uma audiência tranquila até 2003, apesar das constantes intervenções do Ministério da Justiça e reclamações do Ministério Público. Suas matérias muitas vezes causaram repercussão nacional, como em 2001, quando ele mostrou uma criança sendo agredida no ar. Desde então, seu programa foi “controlado” e aos poucos perdendo sua essência popular, passando por uma crise de audiência, que coincidiu com o início da queda do SBT. A partir daí, o diretor Américo Ribeiro e Ratinho não souberam implantar um formato que soubesse adequar às necessidades para retomar a audiência.
Em 2005, o SBT resolveu intervir. Disposto a limpar a imagem de Ratinho e acabar de vez com as baixarias em seu programa, o Programa do Ratinho ganhou novo diretor, cenário e roupagem. No lugar de Américo Ribeiro, Carlos Amorim – originalmente contratado pra fazer o Fantástico do SBT – assumiu seu lugar e logo aposentou as bizarrices e as camisas coloridas do apresentador. Apostou em jornalismo policial, com um toque de humor. O resultado na estreia foi empolgante: 11 de média e 13 de pico no horário 6 e meia da tarde. Contudo, o SBT que vivia o auge de sua grade voadora, teve que fazer várias mudanças com a estréia de Ana Paula Padrão no SBT Brasil e da reprise da novela da Manchete, Xica da Silva. Isso afundou o programa, até deixá-lo fora do ar em 2006.
Agora, em 2009, o mesmo Carlos Amorim estará a frente do Programa do Ratinho. Antes imposto pela direção do SBT, hoje Carlos Amorim assume a direção do programa a convite do apresentador. E o perfil do diretor continua o mesmo: não quer personagens bizarros, cassetetes ou outras coisas do tipo; quer, portanto, o jornalismo policial e factual acima de tudo, tendo em vista sua experiência no Fantástico (Globo – quando implantou um jornalismo fortíssimo na revista eletrônica); e os programas Tempo Quente (Band) e Manchete Verdade (Manchete – derrotava o SBT às sextas). Por outro lado, Ratinho quer fazer circo no seu programa, com baixaria, DNA e personagens bizarros. Entre concessões recíprocas entre apresentador e diretor, entram no programa Xaropinho, Tunico e mais dois personagens, além de uma banda (cota do Ratinho) e saem Marquito e o cassetete (cota de Amorim).
Na coletiva de imprensa realizada essa semana pelo SBT, Ratinho disse que essa diferença de pensamento é importante para o programa, sendo Amorim sério demais e ele desorganizado demais. Fazendo uma análise disso, podemos perceber que Ratinho um tanto que adotou para si o modelo assumido no SBT de apresentador de programa de variedades e deixou um pouco de lado aquele apresentador “policial” da CNT e Record. Contudo, esse modelo é perigoso, sob 2 aspectos: classificação indicativa e audiência. Todos sabemos que a cada ano que passa o Ministério da Justiça é mais rigoroso na classificação dos programas de TV e isso poderia acarretar para um Ratinho estilo “variedades” uma reclassificação, impossibilitando no futuro ele entrar nesse horário. Sob o aspecto da audiência, Ratinho irá competir com dois policialescos: o Brasil Urgente e o SP Record, ambos com audiência já consolidada no horário. Tendo em vista que esse tipo de programa policial tende a ter um público maior, Ratinho poderia sair prejudicado nessa guerra, se investisse em outros tipos de pautas, principalmente quando sobrevierem casos de repercussão nacional.
Visto isso, Amorim promete para o programa uma forte equipe de jornalismo. Links, motolinks, helicóptero e unidades móveis estarão presentes, totalizando um investimento de R$ 1 milhão/mês. Tudo isso para garantir uma concorrência de igual para igual com as outras emissoras. O formato anunciado lembra um pouco o de 2005, quando Ratinho foi fazer esse jornalismo factual. Contudo, naquela época, o programa ficou muito amarrado, seco, sem novidades sempre e acabou decaindo de vez. A imposição de fazer um Ratinho sério e só jornalístico não deu certo. Ratinho não é igual Datena, Rezende ou Gottino. Para fazer programa, além da vertente policial (que o lançou na TV), ele precisa de humor/variedades. E é aí que a questão da audiência, se mostra tendo dois lados: se por um lado investir em algo diferente de temas policiais pode ser prejudicial no IBOPE, por outro Ratinho sabe como ninguém explorar humor e bizarrices para fazer audiência. Basta ter uma equipe competente, repórteres populares e criatividade acima de tudo. Aliás, essa sempre foi a alma de um “Ratinho bom de IBOPE”: a criatividade. A mistura de “nada com coisa nenhuma”, sempre foi sinônimo de ser criativo.
Já que entramos no assunto pauta, passo a analisá-las. Segundo o Jornal Agora, de SP, a visita do cantor Leonardo e uma reportagem na Guatemala sobre um menino que vira lobo, estão entre as principais atrações. Bom lembrar que esse tipo de pauta pode dar certo quando não há nenhum grande acontecimento no momento, como agora. Percebemos que os programas que exploram essa linha policial (Brasil Urgente e SP Record), não apresentam estabilidade por justamente dependerem de acontecimentos de potencial para dar IBOPE. O programa da Band, por exemplo, varia de 5 a 8 de média, tendo chegado a 11 em casos de alta relevância, como os casos Eloá e Nardoni. Casos como esse são esporádicos e rendem audiências esporádicas, não fixas, porém a equipe do Ratinho não pode fechar os olhos para ela, devendo explorar o caso quando realmente necessitar, pois, uma vez não cobrindo tal acontecimento, é certeza de derrota na audiência. Porém, na ausência desse tipo de caso, outras pautas populares podem ser relevantes e podem trazer uma audiência estável para a atração, que veria o programa não só em caso de tragédia, mas também para ver outros tipos de pautas, tornando-se uma opção (sem deixar o popular de lado), aos programas policiais “esvaziados”, se assim podemos dizer.
Após esta análise, é só assistir o novo Programa do Ratinho e ver como ele vem pra brigar pela audiência. A atração estreia nesta segunda, a partir das 17h30, logo depois do também novo Casos de Família, sob comando de Christina Rocha.
CRÉDITOS.:.NA TELINHA
Ratinho é um dos maiores destaques desta nova grade.
O apresentador estreou no SBT em 1998, cercado de expectativa. Ele apareceu para o Brasil em 1996 na CNT/Gazeta e, em 1 ano, já estava na Record liderando a audiência em pleno horário nobre. Em 1998, numa negociação milionária, Ratinho, já considerado um fenômeno popular, é contratado a peso de ouro pelo SBT, para assumir as noites da emissora, que até então sofria sucessivas derrotas contra o seu Ratinho Livre, na Record. Como prova de sua popularidade, sua coletiva para a imprensa, transmitida ao vivo pelo SBT, deu 7 de média. O perfil de justiceiro, aquele que defendia os direitos do povo, que não tinha medo de ninguém, levou Ratinho a ser um temor para a Globo. À época, Borjalo, um dos influentes na direção da Rede Globo, pensava em pedir o lançamento de um 4º horário de novelas para conter Ratinho e sua força popular ao extremo.
Ratinho estreou no SBT e conquistou seu público. Por diversas vezes alcançou a liderança na audiência, com um programa que agradava vários tipos de público, desde crianças encantadas com Xaropinho e Tunico, passando pelos jovens que adoravam as bizarrices das matérias dos repórteres popularescos e até adultos que se divertiam com as brigas por causa do DNA. No SBT, Ratinho encontrou um faceta até então pouco explorada na Record: a de apresentador de variedades, voltada para o humor. Houve, então, a junção do Ratinho da Record (polêmicas, jornal policial, cassetete na mão), com o Ratinho criado no SBT (com humor, quadros populares e musicais).
Seu Programa do Ratinho caminhou com uma audiência tranquila até 2003, apesar das constantes intervenções do Ministério da Justiça e reclamações do Ministério Público. Suas matérias muitas vezes causaram repercussão nacional, como em 2001, quando ele mostrou uma criança sendo agredida no ar. Desde então, seu programa foi “controlado” e aos poucos perdendo sua essência popular, passando por uma crise de audiência, que coincidiu com o início da queda do SBT. A partir daí, o diretor Américo Ribeiro e Ratinho não souberam implantar um formato que soubesse adequar às necessidades para retomar a audiência.
Em 2005, o SBT resolveu intervir. Disposto a limpar a imagem de Ratinho e acabar de vez com as baixarias em seu programa, o Programa do Ratinho ganhou novo diretor, cenário e roupagem. No lugar de Américo Ribeiro, Carlos Amorim – originalmente contratado pra fazer o Fantástico do SBT – assumiu seu lugar e logo aposentou as bizarrices e as camisas coloridas do apresentador. Apostou em jornalismo policial, com um toque de humor. O resultado na estreia foi empolgante: 11 de média e 13 de pico no horário 6 e meia da tarde. Contudo, o SBT que vivia o auge de sua grade voadora, teve que fazer várias mudanças com a estréia de Ana Paula Padrão no SBT Brasil e da reprise da novela da Manchete, Xica da Silva. Isso afundou o programa, até deixá-lo fora do ar em 2006.
Agora, em 2009, o mesmo Carlos Amorim estará a frente do Programa do Ratinho. Antes imposto pela direção do SBT, hoje Carlos Amorim assume a direção do programa a convite do apresentador. E o perfil do diretor continua o mesmo: não quer personagens bizarros, cassetetes ou outras coisas do tipo; quer, portanto, o jornalismo policial e factual acima de tudo, tendo em vista sua experiência no Fantástico (Globo – quando implantou um jornalismo fortíssimo na revista eletrônica); e os programas Tempo Quente (Band) e Manchete Verdade (Manchete – derrotava o SBT às sextas). Por outro lado, Ratinho quer fazer circo no seu programa, com baixaria, DNA e personagens bizarros. Entre concessões recíprocas entre apresentador e diretor, entram no programa Xaropinho, Tunico e mais dois personagens, além de uma banda (cota do Ratinho) e saem Marquito e o cassetete (cota de Amorim).
Na coletiva de imprensa realizada essa semana pelo SBT, Ratinho disse que essa diferença de pensamento é importante para o programa, sendo Amorim sério demais e ele desorganizado demais. Fazendo uma análise disso, podemos perceber que Ratinho um tanto que adotou para si o modelo assumido no SBT de apresentador de programa de variedades e deixou um pouco de lado aquele apresentador “policial” da CNT e Record. Contudo, esse modelo é perigoso, sob 2 aspectos: classificação indicativa e audiência. Todos sabemos que a cada ano que passa o Ministério da Justiça é mais rigoroso na classificação dos programas de TV e isso poderia acarretar para um Ratinho estilo “variedades” uma reclassificação, impossibilitando no futuro ele entrar nesse horário. Sob o aspecto da audiência, Ratinho irá competir com dois policialescos: o Brasil Urgente e o SP Record, ambos com audiência já consolidada no horário. Tendo em vista que esse tipo de programa policial tende a ter um público maior, Ratinho poderia sair prejudicado nessa guerra, se investisse em outros tipos de pautas, principalmente quando sobrevierem casos de repercussão nacional.
Visto isso, Amorim promete para o programa uma forte equipe de jornalismo. Links, motolinks, helicóptero e unidades móveis estarão presentes, totalizando um investimento de R$ 1 milhão/mês. Tudo isso para garantir uma concorrência de igual para igual com as outras emissoras. O formato anunciado lembra um pouco o de 2005, quando Ratinho foi fazer esse jornalismo factual. Contudo, naquela época, o programa ficou muito amarrado, seco, sem novidades sempre e acabou decaindo de vez. A imposição de fazer um Ratinho sério e só jornalístico não deu certo. Ratinho não é igual Datena, Rezende ou Gottino. Para fazer programa, além da vertente policial (que o lançou na TV), ele precisa de humor/variedades. E é aí que a questão da audiência, se mostra tendo dois lados: se por um lado investir em algo diferente de temas policiais pode ser prejudicial no IBOPE, por outro Ratinho sabe como ninguém explorar humor e bizarrices para fazer audiência. Basta ter uma equipe competente, repórteres populares e criatividade acima de tudo. Aliás, essa sempre foi a alma de um “Ratinho bom de IBOPE”: a criatividade. A mistura de “nada com coisa nenhuma”, sempre foi sinônimo de ser criativo.
Já que entramos no assunto pauta, passo a analisá-las. Segundo o Jornal Agora, de SP, a visita do cantor Leonardo e uma reportagem na Guatemala sobre um menino que vira lobo, estão entre as principais atrações. Bom lembrar que esse tipo de pauta pode dar certo quando não há nenhum grande acontecimento no momento, como agora. Percebemos que os programas que exploram essa linha policial (Brasil Urgente e SP Record), não apresentam estabilidade por justamente dependerem de acontecimentos de potencial para dar IBOPE. O programa da Band, por exemplo, varia de 5 a 8 de média, tendo chegado a 11 em casos de alta relevância, como os casos Eloá e Nardoni. Casos como esse são esporádicos e rendem audiências esporádicas, não fixas, porém a equipe do Ratinho não pode fechar os olhos para ela, devendo explorar o caso quando realmente necessitar, pois, uma vez não cobrindo tal acontecimento, é certeza de derrota na audiência. Porém, na ausência desse tipo de caso, outras pautas populares podem ser relevantes e podem trazer uma audiência estável para a atração, que veria o programa não só em caso de tragédia, mas também para ver outros tipos de pautas, tornando-se uma opção (sem deixar o popular de lado), aos programas policiais “esvaziados”, se assim podemos dizer.
Após esta análise, é só assistir o novo Programa do Ratinho e ver como ele vem pra brigar pela audiência. A atração estreia nesta segunda, a partir das 17h30, logo depois do também novo Casos de Família, sob comando de Christina Rocha.
CRÉDITOS.:.NA TELINHA
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