Quando os ingleses Kate e Charles* resolveram ter seu primeiro filho, em meados do ano passado, o histórico de doenças na família do casal os obrigou a pensar duas vezes.
Charles, que tem 28 anos, sabia que a sua avó, mãe, irmã e até uma prima haviam recebido, ainda na faixa dos 20 e poucos anos, o aflitivo diagnóstico de câncer de mama. Kate, 27, também descobriu que tinha casos semelhantes na família. "A chance de a primeira filha do casal nascer com predisposição a desenvolver a doença seria de 75%, caso o pai e a mãe tenham a mutação do gene que favorece o surgimento do tumor", afirma Salmo Raskin, diretor da clínica de aconselhamento Genetika e presidente da Sociedade Brasileira de Genética.
Na tentativa de gerar uma filha livre desses riscos, o casal recorreu a uma clínica de reprodução assistida, onde se submeteram a uma fertilização in vitro. O objetivo era selecionar um embrião que não contivesse a mutação do gene que favorece o câncer de mama, conhecido como BRCA1. "Nós sentimos que, se houvesse alguma maneira de eliminar isso do nosso bebê, esse era o caminho que deveríamos seguir", disse ela, em junho do ano passado, quando começava uma gestação altamente planejada. "Com isso, a menina passou a ter 10% de chance de ter a doença, como qualquer outra mulher", diz Raskin.
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