Com um estilo único de fazer novela, Glória Perez aborda questões sociais, unindo jornalismo e ficção. A autora, que assina sucessos como ‘Barriga de Aluguel’ (1991), ‘Explode Coração’ (1995), ‘O Clone’ (2001) e ‘América’ (2005) lança mais um folhetim recheado de fantasias, emoções e conflitos reais. “As pessoas também se alimentam de sonhos”, diz antes de mergulhar no universo de Caminho das Índias.
O que o público vai encontrar em ‘Caminho das Índias’?
“A novela é uma grande saga de amor, recheada com o colorido e o sabor de uma cultura rica e complexa como a indiana. Os costumes, os rituais religiosos, as danças, os festivais e os aspectos mágicos da Índia estarão lá, tendo sempre uma contrapartida no Brasil. São duas histórias centrais, cada uma delas em um lado do mundo, que funcionam como espelho uma para a outra.”
Por que a Índia?
“A Índia é fascinante e gosto de escrever sobre os assuntos que me interessam. É um jeito de refletir sobre eles.”
Fale um pouco sobre Maya, a protagonista interpretada por Juliana Paes.
“Maya é uma mulher com a delicadeza típica das indianas e muita garra para lutar pelo que quer. No caso, um amor impossível, uma paixão que tem um impedimento que a gente não conhece o grau. A incompatibilidade de castas é algo que não se pode alterar durante toda a vida. Maya é força, alegria e beleza.”
A abordagem de temas sociais é uma marca das suas novelas. Foi assim em ‘Barriga de Aluguel’, ‘Explode Coração’, ‘O Clone’, e ‘América’. ‘Caminho das Índias’ vai falar sobre a loucura. Por quê?
“É uma marca, sim, fui eu que introduzi as campanhas sociais nas telenovelas. Vejo essas campanhas como uma forma de dar voz a quem não tem. Os doentes mentais são os nossos 'intocáveis' e cabe a analogia: eles têm sido silenciados, vistos como absolutamente incapazes, esquecidos, varridos literalmente para debaixo do tapete. Espero contribuir para acabar com o preconceito que os estigmatiza.”
Como você vai tratar a internet na novela?
“No mundo virtual, os indivíduos são ao mesmo tempo criadores e criaturas. Eles se moldam de acordo com suas fantasias, e têm uma existência muito diferente daquela que é a deles na realidade. Vamos mostrar um pouco isto com a Val (Rosane Gofman), que vive o amor platônico com o chefe e muitas aventuras através de programas na internet. O Indra (André Arteche) trará um outro ponto e utilizará seu blog para descrever as experiências de um indiano no Brasil, divulgando blogs reais, além de vídeos e curiosidades que ganham destaque na rede.”
Outra característica sua é trabalhar com elencos grandes. Como foi a escalação para ‘Caminho das Índias’?
“Hoje em dia trabalhamos com mais personagens, porque as novelas são maiores, tanto em número de capítulos quanto em tempo de exibição. Eu e o Marcos Schechtman fizemos a escalação, e concordamos sempre: os atores escolhidos vestiram como uma luva às personagens da trama.”
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