Gugu Liberato mudou de emissora, mas o programa dele na Record continua quase idêntico ao que era no SBT e isto não é exatamente um mérito. Resumindo, trata-se da mesma mistura de assistencialismo com humor popularesco e mundo cão. Sobre tudo isso paira um baixo astral que contagia todos os quadros, até mesmo as supostas brincadeiras.
O principal motor do “Programa do Gugu” é “levar alguém a realizar um sonho”. Em outras palavras, explorar algum drama humano até apontar para uma solução que, em geral, significa a
doação de algum dinheiro (ou até de uma casa). Vejamos o caso, por exemplo, de “Devo uma nota”, quadro em que o candidato pode ganhar R$ 3 mil. O apresentador recebeu, por exemplo, Janileide dos Santos, que está ali para se capitalizar e tentar um tratamento para engravidar. Mas mal sobe ao palco e cumprimenta o apresentador, Janileide já se debulha em lágrimas. Este seria, pois é, um jogo. Outro quadro, “Nasci de novo”, mostra personagens que superaram obstáculos. Dia desses, foi a vez de um motociclista que sofreu um terrível acidente em que perdeu uma perna e que deixou um de seus braços terrivelmente machucado. Há uma reconstituição com direito a edição e câmera dramáticas, e até ao som de sirenes de ambulância. A história é — noves fora — positiva, porque o sujeito aparece bem ao lado da família. Mas este é o “Programa do Gugu” e o tom é de derrota. Talvez para proporcionar um descanso para o espectador mais sensível, tem “humor” com Mendigo e Alex Broca. Engraçado? Não. Ainda mais deprimente que o resto.
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