Destroços recolhidos não são
do Airbus, diz Aeronáutica
O brigadeiro Ramon Borges Cardoso afirmou que um suporte de madeira para cargas não fazia parte do Airbus; mancha observada em alto-mar também não era querosone do avião, mas sim óleo de navio.
Segundo a Aeronáutica, suposta mancha de querosene
de 20 km de extensão era, na verdade, óleo de navio
O brigadeiro Ramon Borges Cardoso, diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo afirmou nesta quinta-feira (4), em entrevista coletiva, que os primeiros destroços recolhidos não pertenciam ao Airbus A330 da Air France, que desapareceu no Atlântico quando voava do Rio de Janeiro para Paris. Segundo Cardoso, o suporte para cargas (pallet) de 2,5 metros quadrados, feito de madeira, não era da aeronave. "Não havia paletes de madeira neste voo", disse o brigadeiro. Por volta das 13 horas desta quinta-feira, o pallet e duas boias foram recolhidas por um helicóptero Lynx que estava na fragata Constituição, um dos três navios militares que participam do resgate.
Cardoso afirmou também que a mancha de combustível de 20 quilômetros de extensão, encontrada numa área próxima de onde foram localizados os destroços, não era do Airbus. "O óleo que encontramos hoje não é de avião, é de navio. Era óleo, não querosene", disse. A descoberta desfaz o argumento utilizado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, para defender a tese de que o avião não se desintegrou no ar. Para Jobim, a existência de uma grande mancha com o suposto querosene do Airbus seria a comprovação de que não teria havido uma explosão em pleno voo.
Mais cedo, Cardoso afirmou que encontrar corpos não é mais a prioridade da busca que a Aeronáutica e a Marinha realizam. Na quarta-feira (3), ele dissera que os destroços não estavam sendo recolhidos porque a busca por vítimas era mais importante. Mesmo com a mudança de foco, Cardoso disse que, se algum corpo for avistado, passará a ser prioridade.
Confira aqui a trajetória do voo 447 da Air France.
O governo francês está mobilizando recursos técnicos e humanos para buscar as caixas-pretas do Airbus. Foi anunciado que o minissubmarino Nautile, usado nas buscas do transatlântico Titanic, será usado, bem como os serviços de uma empresa especializada em localizar objetos no fundo do mar.
O Nautile, que pertence ao Instituto Francês de Pesquisas para a Exploração do Mar (Infremer, na sigla em francês), deve demorar oito dias para chegar a Fernando de Noronha, onde os destroços foram encontrados. Ele está em missão no arquipélago dos Açores, território de Portugal. De acordo com o Infremer, o Nautile pode chegar a 97% do leito submarino e possui braços motores e pinças capazes de retirar objetos do fundo do mar.
0 comentários:
Postar um comentário
SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE PARA SEMPRE MELHORARMOS. DEIXE SUA CRÍTICA, SUGESTÃO OU ELOGIO. VOCÊ TAMBÉM PODE NOS ADICIONAR NO MSN: festa.show@hotmail.com! OBRIGADO.