Tem gosto para tudo e é por isso que o “Programa do Ratinho”, estreia dessa semana semana no SBT, vem obtendo audiências em torno dos oito pontos. Por isto, e porque, preconceitos à parte, é uma atração de TV popular, mas bem-feita. Carlos Massa comanda a cena com um cassetete na mão e aquela indignação transbordante de quem mostra os dentes em busca de audiência. Ele vocifera contra “os deputados e senadores que são os culpados pela falta de segurança desse país”. E também contra... “o cara que
inventou esse tal de Orkut”.
Basicamente, sua principal técnica é falar alto para dominar seu público. O “Programa do Ratinho” é, resumindo, um suco de raiva social incontida e explicadinha. Se os programas de humor populares têm claque para apontar a hora da gargalhada, Ratinho, além das palmas da plateia, possui uma bandinha, uma marionete à sua semelhança com quem conversa e até desenhos animados. Tudo com marcação: música para rir, música para se indignar etc. A plateia obedece. E o público em casa entende o recado.
Ratinho possui grande vantagem sobre seu concorrente, José Luiz Datena, da Band: volume de noticiário. É jornalismo policial, mas com reportagens do Brasil todo, helicópteros, boletins de trânsito etc. Datena, com menos recursos, se esgoela para dar a impressão que as três ou quatro notícias que apresenta são de grande importância. Ambos fazem jornalismo-show. São as palavras de Carlos Massa num momento sei lá, inspirado em McLuhan, algo do tipo “o meio é a mensagem”, que explicam um pouco este raciocíocinio: 'Aqui tem as notícias que as outras têm, mas é mais rápido para não encher o saco”. Elegante, não?
De qualquer forma, elegância não é o forte ali. Só para dar um exemplo, é assim que ele chama os comerciais: “Depois do intervalo, o pau vai comer”.
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