quinta-feira, 16 de abril de 2009

36º CAPÍTULO DE “A TESTEMUNHA”

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36º CAPÍTULO DE “A TESTEMUNHA”- 16/04

AEROPORTO DE SALVADOR

Já era 3 da tarde quando o avião de Lúcia finalmente decolou. Ela se apoiou na poltrona e o pavor que até então vinha apertando deu pescoço começou a diminuir. Durante o tempo que o avião ficou na pista aguardando condições de vôo, o maior medo de Lúcia era o vôo fosse cancelado e ela tivesse que voltar a dá de cara com Ademar no saguão. Ela sentia que ele estava lá.

Mas agora, finalmente, estavam no ar. A dor no tornozelo era tremenda.

Lúcia: Não posso permitir que isso me detenha. Quando chegar a Belo Horizonte pego o primeiro vôo para São Paulo. Mas o que vou fazer quando chegar lá? Para onde ou vou?

CLÍNICA DE REABILITAÇÃO PARA DROGADOS- SÃO PAULO

Silveira continuava conversando com Ricardo.

Silveira: Agora, o que aconteceu de fato entre você e Lílian Castro?
Ricardo: Conheci Lílian há cinco anos. Ela veio ao nosso escritório procurando um apartamento. Começamos a sair juntos. Ela era bonita, animada, divertida.
Silveira: Sabia que ela era filha de Antenor Castro?
Ricardo: Sim, e isso fazia que eu achasse a situação mais interessante. Antenor certa vez me proibiu de entrar em seu restaurante porque eu estava bêbado. Fiquei irritado com isso. Quando Lílian quis cancelar a compra do apartamento, achei que era a minha chance de me divertir um pouco, mesmo de indiretamente, às custas do Antenor.
Silveira: Ela tinha assinado um contrato?
Ricardo: Um contrato muito rigoroso. Aí, ela me procurou, apavorada. O pai dela tinha acabado de comprar outro apartamento. Ela me pediu para cancelar o contrato.
Silveira: E o que aconteceu?
Ricardo: Falei para ela que não havia problema desde que eu tivesse alguma compensação. - pausa- Na verdade eu não tinha a capacidade de entender o que sentia de fato por Lílian. Quando surgiu esse episódio do contrato, eu achei que era a chance de conseguir o que eu queria e ao mesmo tempo se vingar do pai dela. Mas ela veio conversar comigo e estava muito apavorada que preferi voltar atrás. Era uma garota muito doce, eu não consegui....mas na mesma noite, quando eu deixei o apartamento dois caras me pegaram e me espancaram, disseram que era pra mima afastar de Lílian.
Silveira: E você rasgou o contrato?
Ricardo: Eu já havia rasgado, procurei evitar que meu pai ficasse sabendo já que ele era e ainda é sócio do Antenor.
Silveira: Bom, temos uma testemunha ocular que viu Lílian fugindo do bar onde ela estava com amigos em Santos na tarde do dia em que morreu, só porque viu você chagando.
Ricardo: Não a vi naquele dia. Mas sempre que a gente encontra-se, era assim que ela reagia.
Silveira: Escute, você acha que foi o Antenor que mandou dá uma surra e você?
Ricardo: Não. A Lílian não teve coragem de dizer a ele o que estava acontecendo.
Silveira: E então.
Ricardo: Eu acho que foi meu pai. Ele sempre gostou de Lílian tinha um carinho muito especial por ela. Acho que foi ele que mandou os dois sujeitos me intimidarem.

Silveira ficou chocado com a revelação.

Silveira: Bom, é isso. Passar bem.

AVIÃO SOBREVOANDO O ESTADO DE MINAS GERAIS

Lúcia tentava arquitetar um plano para conseguir despistar Ademar e se esconder num lugar seguro quando chegasse a São Paulo.

Lúcia: Eu posso ligar para o promotor Eduardo e aceitar ser colocada novamente no programa de proteção a testemunha e depois mudar novamente de identidade. Nem pensar. Eu prefiro morrer. E o Ademar... onde ele estará?

FIM DO CAPÍTULO 36
AUTOR: MARCOS ALVES

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