domingo, 15 de março de 2009

VEJA A SINOPSE DE "PARAÍSO"

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História

Paraíso, novela das 18h, que estréia na Globo na segunda-feira (16), é de Benedito Ruy Barbosa, com adaptação de Edmara Barbosa e colaboração de Edilene Barbosa. O remake conta a história de um amor impossível: da santinha pelo filho do diabo. Com um clima interiorano, com comitiva, moda de viola, causos, histórias e amores, muitos amores.

Segundo Benedito, que assinou a produção exibida em 1982, o texto traz várias histórias entremeadas por romances e fofocas.

"O texto traz enfoques políticos, aborda a questão agrária, alerta sobre o desmatamento e mostra a chegada do progresso à pequena cidade de Paraíso”.

O romance central começa numa feira do sertão baiano. Lá, Eleutério (quando jovem vivido pelo ator Marcelo Faria) compra uma estranha relíquia: um diabinho postado dentro de uma garrafa, que manteve escondido. Quando sua esposa faleceu depois do parto do primeiro filho do casal, não demorou para o povo culpar o tal diabinho pelo ocorrido, e atribuir a ele a paternidade do recém-nascido. O tempo passou, o menino cresceu, e a história se perpetuou.

O belo e inquieto José Eleutério (Eriberto Leão), conhecido como Zeca, ganhou e fez jus à fama que trazia desde o berço. Onde quer que chegasse, era tido como o filho do diabo. Corajoso, criado solto por essas estradas, Zeca foi colecionando histórias ao longo de suas caminhadas, alimentando a crendice do povo e fazendo a história do diabo virar lenda. Enquanto seguia com sua comitiva pelas estradas pantaneiras, desafiava a morte montando touros bravos, domando burros chucros. Deixava marcada sua história e os corações das mocinhas a suspirar.

Zeca foi para o Rio de Janeiro e lá ficou, por oito anos, estudando. Voltou à fazenda do pai, nas cercanias da cidade de Paraíso, formado em Direito e em Agronomia. E ganhou o codinome de "peão dotô". Mas o que ele queria mesmo era seguir pelas estradas montado em seu cavalo. Com os diplomas pendurados na parede, partiu em comitiva. Na volta para casa, Zeca e o amigo Terêncio (Alexandre Nero) corriam em suas montarias pela estrada de chão que levava à fazenda de Eleutério (Reginaldo Faria). Na direção contrária, a charrete da santinha. E o encontro. O cavalo do peão doutor empinando. O cavalo da charrete também. Os olhares cruzando. O seu, com o olhar da doce Maria Rita (Nathalia Dill). Bastou isso pra que nascesse ali uma linda e conturbada história de amor.

Maria Rita passou parte de sua vida num colégio de freiras. Por isso, nunca teve muitas histórias para contar, exceto a que lhe acompanha desde menina, a de que é santa. A mãe beata a criou na igreja assistindo a missas e ouvindo rezas. Não bastasse isso, prometeu que a filha viraria freira e passou a vida alimentando versões sobre sua santidade. O pai, o fazendeiro Antero (Mauro Mendonça), nunca teve forças para lutar contra as histórias inventadas pela mulher. No dia da ordenação da filha, comemorou quando a madre superiora confirmou o que ele já sabia: Maria Rita não tinha vocação para o celibato. Mariana (Cassia Kiss) se desesperou, chorou copiosamente e se revoltou com a escolha da jovem, que finalmente voltou para casa. Na verdade, isso era coisa do destino. Maria Rita só entendeu isso quando seus olhos se cruzaram com os do filho do diabo.

José Eleutério (Eriberto Leão) e Rosinha (Vanessa Giácomo), filha da empregada, assumida como filha adotiva por Eleutério, foram criados como irmãos. Mas ela não gosta nada dessa história, pois morre de amores e sonha em se casar com ele. Na fazenda onde moram, trabalham Antônia (Aisha Jambo), que é confidente de Rosinha, e Tobi (Alexandre Rodrigues), um empregado intrometido que deseja ser peão e que traz sempre notícias quentes da cidade. É ele também quem leva o que se passa na fazenda para o bar de Bertoni (Kadu Moliterno). Nessas andanças, aproveita para ver Das Dores (Lidi Lisboa), cozinheira da única pensão de Paraíso, por quem suspira de paixão.

Santa sem vocação

Antero Godói (Mauro Mendonça) é um homem honesto, que casou jovem, por uma união arranjada entre as famílias, conforme o costume da época. A noiva, Mariana (Cassia Kiss), era doce e também uma beata de carteirinha. Devota de Santa Rita, queria uma vida religiosa e, se pudesse escolher, nunca teria se casado. Foi para a cerimônia como se estivesse indo para o inferno. O pobre noivo só descobriu isso na lua-de-mel e é difícil explicar como nasceu a filha única do casal, Maria Rita (quando menina interpretada por Mariana Mamoré), uma das poucas alegrias de Antero.

Mariana reservou para a filha o destino que gostaria de ter tido e se empenhou em transformar Maria Rita em freira. O povo não demorou muito para acreditar no que ouvia repetidamente de Mariana e começou a procurar pela santinha em busca de salvação e de milagres. Antero, contrário a tudo aquilo, cansou de avisar que um dia uma desgraça aconteceria. E, como havia previsto, um dia uma mãe desesperada invadiu a fazenda com o filho doente e Maria Rita nada pôde fazer. Para seu desespero, o menino morreu em seus braços. O patriarca resolveu então se desfazer de suas posses e partir com a família rumo a Paraíso.

Quando a filha desistiu do convento, a mãe beata passava dia e noite tentando convencê-la a voltar para a vida religiosa. A matriarca passou tanto tempo cuidando da filha que mal lembrava que tinha marido. Quem também percebeu isso foi a empregada Candinha (Cris Vianna), que nutre uma paixão secreta pelo patrão. Mariana ainda dedicava seu tempo a repetir em casa com repulsa a história do filho do diabo. Tanto falou que a filha começou a fantasiar com o jovem destemido. Até o dia em que se encontraram na estrada e, sem querer, se olharam.


1 comentários:

Equipe do blog disse...

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