3º CAPÍTULO DE “A TESTEMUNHA”- 04/03
RESTAURANTE VENEZIA/ ESCRITÓRIO DE ANTENOR
Antenor lembra de Lílian. Alguém bate na porta.
Antenor: Pode entrar Estevão.
Estevão era sócio de Antenor, ele entrou no escritório e acendeu a luz.
Estevão: Por que essa escuridão, Antenor?
Antenor: Sonhando acordado, acho.
Estevão: O prefeito acaba de chegar. Pediu mesa para cinco.
Estevão empurrou para trás a cadeira e ficou de pé.
Antenor: Ninguém me disse que ele tinha feito reserva.
Estevão: Não fez. Estou vendo que teve um dia duro.
Antenor: Sim. Isabelle ligou hoje cedo para dizer que, pela opinião da corretora que ela contratou, o apartamento de Lílian vai ser vendido sem dificuldade. E é claro que, todas as vezes que ela liga, volta a bater na mesma tecla, de que a morte Lílian não foi um acidente. Está me pondo maluco.
Estevão: Vamos Antenor. O prefeito está esperando.
ALGUMAS SEMANAS DEPOIS...
ESCRITÓRIO DA AMORIM IMOBILIÁRIA
Lúcia: Vou direto para casa, desabar na cama. É disso que eu estou precisando depois de um longo dia de trabalho!
CASA DE LÚCIA
Lúcia chegou em casa tomou um bom banho e estava na sala preparando um drink. O telefone tocou, ela esperou a secretária eletrônica ser acionada, era Isabelle.
Isabelle: Lúcia... pelo jeito você não está em casa. Mas tenho de falar isto com alguém. Encontrei o diário de Lílian no armário embutido. E nele existe algo que me leva a crer que não estou louca em pensar que a morte dela não foi acidental. Acho que posso provar que havia alguém querendo tira-la do caminho. Não posso dizer mais nada agora. Falo com você amanhã.
Lúcia desconectou o aparelho da tomada.
Lúcia: Essa noite será minha. Eu acho que mereço.
NO DIA SEGUINTE...
ESCRITÓRIO
Ricardo: Isabelle está tentando falar com você. Passaram a ligação para mim.
Lúcia foi até a sala de Ricardo.
Lúcia: Lamento não ter retornado sua ligação ontem à noite, Isabelle.
Isabelle: Tudo bem. De qualquer modo, não quero falar desse assunto pelo telefone. Você vai trazer alguém aqui hoje?
Lúcia: Até agora não marquei com ninguém.
Ricardo entrega a Lúcia um bilhete que dizia o seguinte:
Marques Tedesco, advogado da firma ABC Papel e Celulose, está transferindo para cá, vindo do Paraná. Quer um apartamento na zona central de São Paulo. Está disponível hoje.
Lúcia: Talvez haja alguém. Cruze os dedos, Isabelle. Pode ser o seu comprador.
A TARDE...
Lúcia: Oi Isabelle só liguei pra confirmar que estarei aí por volta das 4.
Isabelle: Está bem. Eu estarei ocupada na biblioteca, mas pode ficar a vontade.
Lúcia: Ok. Até mais.
ALGUM TEMPO DEPOIS...
PRÉDIO DE ISABELLE
Lúcia desce do táxi e o porteiro avisa que Marques a espera.
Cícero: Há um senhor chamado Marques à sua espera, Srta. Lúcia.
Lúcia: Olá Senhor Marques. Como vai?
Marques: Ansioso para ver o apartamento.
Lúcia: Então vamos.
Lúcia pegou a cópia da chave a abriu a porta.
Lúcia: Isabelle... Sou eu.
Caminhou até a biblioteca. Isabelle estava lendo o diário.
Isabelle: Fiquem a vontade. Esqueçam que eu estou aqui.
Ela mostra o apartamento a Marques.
Marques: O apartamento é exatamente do jeito que eu pensei. Caso eu feche negócio poderá ser entregue até o dia 1º?
Lúcia: Com certeza. Eu vou falar com Isabelle. O senhor pode esperar aí.
Lúcia abre a porta da biblioteca.
Isabelle: Vá embora... não posso falar agora.
Lúcia: Isabelle, isto é importante. Temos uma oferta de compra para o apartamento, mas é preciso acertar algumas condições.
Isabelle: Esqueça! Não quero mais vender. Preciso ficar aqui mais algum tempo. Volte depois.
Lúcia: Voltarei às 7 h.
Marques: Ela não quer mais vender?
Lúcia: Está tudo bem. Voltarei hoje à noite e conversarei melhor com ela. Ela passou por uma experiência muito dolorosa, mas vai melhorar. Como posso entrar em contato com o senhor?
Marques: Estou no Plaza Hotel.
Lúcia: Não se preocupe, vai dar tudo certo. Garanto.
Marques: Sem dúvida.
Marques deixou o edifício e foi até um telefone público.
Marques: Vocês tinha razão. Ela encontrou o diário. Está na pasta de couro do jeito que você descreveu. Ela mudou de idéia a respeito de vender o apartamento, mas a corretora vai voltar lá hoje à noite para tentar persuadi-la.
Escutou durante algum tempo.
Marques: Vou cuidar disso.
E desligou.
Ademar Savarano, que dizia se chamar Marques Tedesco, foi até o hotel e pediu um uísque.
FIM DO CAPÍTULO 3
AUTOR: MARCOS ALVES
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