Depois de um título inédito, a Globo resolveu apostar novamente em remakes para a faixa das 18h e, com isso, resgatar o público tradicional desse horário. Em março estréia “Paraíso”, de Benedito Rui Barbosa, que ganha nova versão através das mãos das filhas do autor. Não tenho dúvidas de que a nova trama conseguirá recuperar audiência, afinal o texto rural agrada a pessoas das mais diferentes idades e, geralmente, atrai a audiência masculina.
Os remakes de textos consagrados são uma boa aposta porque a história já foi testada, virou sucesso e só precisa ganhar alguns elementos mais modernos para atingir quem não assistiu a primeira versão. E esse não é um fenômeno nacional. Há alguns dias recebi um interessante levantamento realizado pelo Gilvan sobre as novelas da Televisa, uma grande indústria da teledramaturgia. Segundo sua pesquisa, “das 10 novelas que estão no ar pelas duas emissoras que compõem a Televisa, nenhuma tem uma história inédita. Todas são “remakes” de novelas produzidas na Argentina, na Colômbia ou no próprio México, mas na década de 70″. Na semana passada estreou uma nova produção na grade do Canal de Las Estrellas: “Verano de Amor”, remake da novela argentina “Verano del 98″, de Cris Moreno.
Será que esses resgates apontam para uma crise no setor aqui no Brasil e no México? Faltam autores e boas histórias inéditas? Não!!!! Definitivamente, não!!!! O fato é que a indústria da teledramaturgia não quer arriscar com o novo num momento em que a guerra pela audiência está cada vez mais acirrada, tanto aqui como lá. Além disso, é muita novela no ar ao mesmo tempo e o novo já não tem mais cheiro de novidade. É tudo igual, um pouco mais do mesmo. Por isso, vale a pena ver de novo histórias consagradas ou em suas versões originais ou através de novas leituras.
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