quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Dicas de Leitura: O mistério do cinco estrelas





A trama gira em torno do Emperor Park Hotel, um luxuoso cinco-estrelas de São Paulo que abriga muitas pessoas importantes. Léo, o mensageiro do hotel, encontra o cadáver do estrangeiro Ramón Varga, na lavandeira do Hotel. A partir daí, uma série de surpresas e um clima de suspense toma conta de sua vida. Quem acreditaria na palavra daquele simples camareiro? Quem acreditaria que ele seria inocente quando, contra a palavra dele, há a de um poderoso hóspede do hotel? Gino e Ângela resolvem ajudá-lo a resolver esse mistério e salvar suas próprias vidas postas em risco ao longo da investigação.

Léo, Gino e Ângela

O trio de detetives juvenis criado por Marcos Rey em O Mistério do Cinco Estrelas também aparece em outras aventuras, como Um Cadáver Ouve Rádio, O Rapto do Garoto de Ouro e Um Rosto no Computador. Todas elas se passam em São Paulo, cidade de Marcos Rey, com os mistérios acontecendo em importantes centros culturais e bairros históricos; como em O Rapto do Garoto de Ouro, cujo cenário é o bairro Bela Vista, popularmente conhecido como Bairro do Bixiga ).

À medida que as aventuras do trio se desenvolvem na quadrilogia, alguns traços de personalidade, influenciados pelas heranças culturais e classe social de cada um dos membros do trio definem o tom da relação interpessoal que têm. Léo é garoto de família simples, apaixonado por Ângela, menina rica e moradora do bem conhecido bairro dos Ingleses, na capital Paulista. Gino é paraplégico, primo de Léo e o intelectual do trio; porém, mais de uma vez ao longo dos contos, dá mostras de que se sente diminuído pela sua condição física que, supostamente, o detrairia de Ângela, por quem nutre uma paixão secreta sem nunca, contudo, atravessar o caminho do primo. Léo, por sua vez, enfrenta resistência dos pais de Ângela que têm planos diferentes para seu futuro.

A estrutura básica de depicção de personagens, com cada um incorporando o quarteto "sentimento, instinto, cálculo e sensação" é respeitada; contudo, na falta de um quarto elemento que personifique sozinho, como de hábito, um dos quatro atributos, Marcos Rey alterna as características de personalidade dos personagens, sedimentando um pouco da faltante naquele momento a algum personagem específico (e em alguns casos, a todos), complementando assim, de forma convincente o quadripé do desenvolvimento tradicional da história e dos protagonistas. Esse recurso não é exclusivo do estilo de Marcos Rey e sim bastante comum em contos infanto juvenis que simplificam tanto o número quanto a complexidade do caráter das personagens, tornando a leitura mais acessível ao público-alvo.

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