Trocar a embalagem sem mudar a receita é o segredo do sucesso

Quem costuma acompanhar o “Criança Esperança” percebeu significativas melhoras no projeto da Globo. A 24ª edição do especial misturou fórmulas que deram certo no passado com algumas novidades, caprichou no cenário e deixou no telespectador um gostinho dos bons musicais que a televisão já produziu. Angélica e Luciano Huck ficaram posicionados em uma ilha suspensa e o anfitrião Renato Aragão chegou a bordo de uma locomotiva que passeou várias vezes pelo palco giratório de 1.500 metros quadrados. Milton Nascimento, Maria Rita, Junior, NX Zero, Sandy, Pelé, Susana Vieira, Ana Carolina e a dupla Victor e Léo foram apenas alguns dos artistas que passaram pelo palco. Um dos diferenciais do “Criança Esperança 2009″, dirigido por Wolf Maya, foi mostrar o trabalho das instituições atendidas pelo projeto. Tony Ramos e Stênio Garcia deram um show à parte com os poemas de Manuel Bandeira e Casimiro de Abreu. No domingo, entrou no ar um espetáculo mais lúdico e voltado para as crianças. Os bonecos-cachorros da “TV Colosso”, Xuxa Meneguel, Daniela Mercury, padre Fábio de Melo e a “A turma do Didi”.
As modificações realizadas no “Criança Esperança” mostram a importância de se renovar a programação da TV, afinal, apesar de gostar sempre das mesmas coisas, o público exige algo diferente. É a velha história de renovar a embalagem do biscoito, mas não alterar a receita criada no século passado pela avó do presidente da empresa.