sábado, 24 de janeiro de 2009

Presidente da Globo fala sobre crise, investimentos e o ano de 2009

Roberto Irineu Marinho ao centro

À sua esquerda Nelson Sirotsky (RBS), e à direita Octávio Florisbal (TV Globo)

Há 6 anos no comando das Organizações Globo desde que seu pai Roberto Marinho faleceu, está Roberto Irineu Marinho, no cargo de presidente de uma holding que envolve mais de 35 veículos de comunicação próprios, que partem de revistas e chegam a potente Rede Globo, passando por sites na internet, jornais impressos e participações decisivas em operadoras de TV por assinatura. Um dos maiores impérios de comunicação da América Latina.

Recentemente, em entrevista a Revista TV Latina, publicação bimestral que foca na televisão sulamericana, Roberto Irineu Marinho fez inúmeras declarações em que fala sobre seu patrimônio, a crise mundial, futuros investimentos e parcerias para dar sequência ao grupo iniciado por seu avô, Irineu Marinho, e aperfeiçoado por seu pai, Roberto Marinho.

Novamente o objetivo de busca pela qualidade e pela compreensão de diversas etnias foi ratificado, fazendo com que todos possam encontrar nas Organizações Globo um elo entre a notícia, cultura e entretenimento e o cidadão brasileiro, seja quem for e de onde for.

Para este ano, o grupo planeja apostar na expansão do acesso da TV aberta, que ainda atua de forma um tanto impessoal para seus telespectadores. Com a chegada da TV Digital aos lares do brasileiro, a interatividade será a peça fundamental para a consolidação deste grande veículo de comunicação.

Com a receita do sucesso em suas mãos, Roberto Irineu Marinho pode se gabar de diversos sucessos que as Organizações Globo conseguiram ao longo desses anos. Entre eles, está a Rede Globo, que além de se encontrar na liderança absoluta por quase 40 anos, tem seus produtos cada dia mais aceitos pelo mundo. Tal vitória se deve à inúmeros produtos de qualidade, afinal sem ela presente não seria possível brigar no mercado internacional onde produções americanas e europeias tem vasto domínio. Em números, foi apontado que 24% das receitas líquidas da emissora em 2008 vieram da exportação de novelas e minisséries. Isso significa o dobro de 2005, quando apenas 12% do faturamento era proveniente deste seleto nicho.

Outro ponto em que as Organizações Globo se mostram alguns passos à frente de suas concorrentes está na solidez para driblar as crises internacionais. O grupo se diz experiente em lidar com instabilidades econômicas após o grande baque da desvalorização do real e supervalorização do dólar, entre 2001 e 2002. Desde lá, políticas mais agressivas foram adotadas à fim de que os investimentos possam ser mantidos mesmo em períodos de dificuldades. Embora o conglomerado da família Marinho ainda tenha algumas dívidas pendentes, elas não chegam a afetar a operação dos negócios. A margem de débitos é baixa e está sendo diluída ao longo dos anos, oferecendo risco mínimo para seus acionistas.

Mesmo demonstrando otimismo para encarar a instabilidade financeira que atinge o mundo desde meados de 2008, Roberto Irineu Marinho não acredita em milagres e prefere manter sua postura de forma realista. Ele acredita que o crescimento do mercado publicitário, que foi de 11% no ano passado em relação com 2007, não deverá se repetir e uma queda já está sendo esperada pela sua corporação. Entretanto, alguns crescimentos são planejados para este ano, como na venda de assinaturas de televisão, cujo as Organizações Globo tem ações majoritárias na NET e minoritárias na Sky, e em outros ramos como a telefonia, a qual o grupo vem marcando presença há alguns anos.

Em relação ao futuro da Rede Globo, algumas fórmulas antigas deverão continuar em 2009. A família Marinho pode se vangloriar pela alta aceitação que o brasileiro tem pela emissora, mas reconhece que o mercado neste setor é muito competitivo. A receita para os próximos anos deverá ser a mesma que colocou o canal na liderança, o que significa apostar sempre na máxima qualidade de seus produtos e fazer com que o telespectador sempre possa assistir a novos formatos e a novos programas para se entreter.

As diretrizes seguidas pela Rede Globo em todos estes anos vem dando outros frutos além de sua liderança incontestável. Além de ter inúmeras novelas bem aceitas por todo o planeta, recentemente o canal firmou uma parceria com uma emissora de TV dos Estados Unidos à fim de produzir uma nova versão de O Clone, que será rodada na Califórnia. Dessa forma, o público latino que mora por lá irá presenciar uma nova versão do fenômeno escrito por Glória Perez que também poderá atingir o resto do mundo, já que o acordo também inclui a comercialização da mesma.

A consolidação das produções da Rede Globo não se limitam a novelas. Está sendo anunciada, para este ano, a abertura da comercialização de formatos para o exterior. Quadros como o Lata Velha e Soletrando, ambos do Caldeirão do Huck, serão colocados em uma feira especializada em televisão e irão posicionar a emissora como distribuidora de entretenimento e não somente de novelas.

Além das exportações, a Rede Globo também continuará investindo em sua versão Internacional, que completará 10 anos nos próximos meses. Já são 500 mil assinantes em 115 países, que por consequência estão aptos para assistir a novela das 8 e ao Jornal Nacional. Entre os futuros planos está aumentar o intercâmbio cultural com os lugares em que a nossa língua também é usada. Hoje, já existe o Dia da Amizade, um grande show que ocorre em Luanda, na Angola, que recebe a presença de artistas brasileiros dividindo espaço com os nativos. Outro grande evento deste gênero que deverá continuar é o Brazilian Day, que ocorre há 25 anos em Nova York. As apresentações inicialmente eram voltadas para os brasileiros que moram lá, mas logo contagiou a Big Apple, arrastando multidões que chegam a até 1 milhão de pessoas.

Entre outras apostas que Roberto Irineu Marinho faz para este ano, está a consolidação da Globosat. O grupo reúne 24 canais por assinatura, como Multishow, Telecine, GNT e GloboNews, que sofrem com a baixa penetração que este setor tem para com o telespectador brasileiro. Entretanto, o presidente das Organizações Globo relata que houve um crescimento muito grande oriundos da compra de pacotes feita pelas classes B e C, o que deve continuar em 2009. Também é de conhecimento que com novos clientes, novos investidores se sentirão estimulados para entrar neste mercado, mas confiam que estão prontos para essa nova fase da televisão brasileira.

Outros investimentos das Organizações Globo neste ano serão voltados para seu site, o Globo.com. Segundo Roberto Irineu Marinho, a mesma fórmula que deu sucesso aos outros veículos do conglomerado será usada no portal. A intenção irá além de apenas disponibilizar on-line o conteúdo visto na televisão ou lido em jornais. O objetivo será manter e atrair novos internautas. E para que isso seja alcançado, a interatividade será uma das ferramentas mais requisitadas, fazendo um diálogo permanente entre o brasileiro e o site.

Entretanto, não são apenas de cifras e de lucros que as Organizações Globo deverão se preocupar neste ano. Os projetos sociais, que já são marca do grupo há varios anos, não serão deixados de lado. Todos eles continuarão voltados para a educação e o Criança Esperança, da Rede Globo, projeto Aquarius, do Jornal O Globo e a principal, a Fundação Roberto Marinho, continuarão beneficiando milhares de brasileiros.

NA TELINHA


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